O Ultraje a Rigor vai invadir sua praia – Diversão – Diversão – Música

Lembro bem daquele dia. Era um final de tarde, eu morava num bairro do subúrbio do Recife e tinha 10 anos. Ou iria completar, sei lá. Curtia bandas gringas de rock, influenciado pelas histórias do meu pai, que imitiva Elvis Presley quando era pós adolescente. Dali comecei a ouvir Rush e outras bandas que chegavam via fitinhas K7, trazidas pelos amigos.Tinha ganhado um presente dos meus pais, um gravador National e usava aquele negócio para ouvir as tais fitinhas. Mas naquela tarde, outro presente seria o pontapé para me amarrar no que estava rolando de mais novo no rock brasileiro. Era um K7 com uma capa em tom de azul. Ali, a foto de quatro caras, dentro de escotilhas. No meio um persicópio, desenhado de maneira quase infantil, mas que colava na memória, chamava a atenção. Era o “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, o primeiro trabalho lançado em LP/K7 do Ultraje a Rigor.  Agora essa história virou livro. Como? Espere que chego lá.

A tal fita tocava todo santo dia, quando eu chegava da escola. O Ultraje a Rigor me marcou muito e foi um incentivo para procurar saber o que mais se tocava no Brasil daqueles anos 80. Mas aquilo era muito bom. Voltando agora a 2011, explico: essa história pode ser contada por milhares de pessoas testemunhas dessa mesma época. E tudo isso virou um livro, a biografia “Ultraje a Rigor – Nós Vamos Invadir Sua Praia” (Editora Belas-Letras), escrita pela jornalista Andréa Ascenção. Chega às livrarias de todo o Brasil nesta segunda-feira (25), mas o Realejo teve acesso ao material antes e conta um pouquinho dessa história. O livro mostra que o Ultraje não foi apenas  mais uma banda para o rock nacional.

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