Começo do Fim do Mundo recomeça – Estadão

Se Papa enfrentava problemas na justiça, seu Sesc bombava. Entre 1983 e 1984, o Sesc Pompeia abrigou o programa de TV Fábrica do Som, apresentado pelo poeta, videomaker e artista multimídia Tadeu Jungle. Exibido aos sábados à tarde na TV Cultura, o Fábrica deu o tom do que estava por vir: uma geração que saiu do coma no Trate-me leão e engrenou no punk, saudava o novo rock. Foi a primeira vez que bandas como Capital Inicial, Ultraje a Rigor, Paralamas do Sucesso e Titãs apareceram na TV. Jungle se lembra:– No Fábrica do Som podia tudo, tínhamos liberdade total. Foi uma loucura aquele programa, nunca mais se fez algo igual. Poetas concretistas com Caetano, o pessoal do Asdrúbal, bandas de rock, punks, estudantes… Durou dois anos. Tinha um quadro em que as pessoas podiam subir e falar o que quisessem. Era redemocratização, queríamos dar voz à juventude. No último programa, convoquei uma menina para subir no palco e disse: “Pode fazer o que quiser”. Ela tirou a roupa. Acabou o programa ali.

Source: Começo do Fim do Mundo recomeça – Estadão

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