Mondo Bacana :: Ultraje a Rigor – ao vivo

Mondo Bacana :: Ultraje a Rigor – ao vivo.

No último dia 16 de abril tive o primeiro encontro com uma das bandas mais bacanas do rock brazuca, o Ultraje a Rigor. Curioso constatar isso, mas ao conversar com um amigo, experiente no assunto e que também nunca tinha visto o grupo ao vivo, fiquei um pouco aliviado. O show fez parte da segunda edição da festa de aniversário do bar Jacobina, que no ano passado contou com os Movéis Coloniais de Acaju.

 

Mesmo com a cidade repleta de shows neste final de semana, o Moinho Eventos recebeu um ótimo e eclético público, passando pelos eternos e fervorosos fãs dos anos 80 , alguns curiosos de plantão e os freqüentadores e admiradores do bar curitibano que comemorava 6 anos.

 

Aproximadamente meia-noite e meia e sem muita cerimônia, o Ultraje subiu ao palco e desfilou um sem-número de hits, algo que há muito tempo eu não via. Tudo bem que 80% do show é baseado nos três primeiros álbuns da banda, mas a trinca “Nós vamos invadir sua praia”, “Sexo” e “Crescendo” não é para qualquer um . Nesse momento cito novamente meu amigo (aquele, experiente) que soltou a seguinte frase “O Roger é sortudo: criou dez hits nos anos 80 e hoje não precisa fazer muito esforço”. E foi nesse clima malandro que o baile ferveu já nos primeiros instantes com “Ah, Se Eu Fosse Homem”, “Filho da Puta”, “Inútil” e “Independente Futebol Clube”. Começo semelhante ao do CD Acústico, lançado em 2005.

 

Curiosamente o desenvolvimento da apresentação me lembrou muito a trajetória do grupo. Uma bela introdução, regada a sucessos dos anos 80. Um meio conturbado, com algumas regravações e poucos discos – neste momento o show contou com as versões de “Sheena Is a Punk Rocker” Ramones (Ramones), “Até Quando Esperar” (Plebe Rude e “Paranoid” (Black Sabbath), que a meu ver nem precisava ser tocada) – e um final justíssimo, mesclando sucessos dos últimos anos (“Nada a Declarar”, “Me Dá Um Olá”) e mais clássicos (“Ciúmes”, “Sexo”, “Nós Vamos Invadir Sua Praia” e “Eu Me Amo”).

 

No camarim, após o show, um encontro rápido com o simpático Roger Rocha Moreira e o competente power trio formado por Bacalhau (bateria), Mingau (baixo) e Marcos Kleine (guitarra solo). Roger – que minutos depois ainda participaria do show de encerramento com a banda Jacobloco – recebeu com atenção meu presente (2 CDs do charme chulo), sorriu ao falarmos da relação São Paulo (time do cantor) e Atlético Paranaense (não poderia deixar o meu de fora) e me deixou, por fim, completamente aliviado por ter assistido a um grupo honesto, bem humorado e que faz jus ao bom, guerreiro e verdadeiro rock brasileiro.

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