Nas redes sociais, guerra ou disputa de ideias? – Jornal O Globo

Também músico, mas a favor do impeachment, o vocalista do Ultraje a Rigor, Roger Moreira, é mais direto ao criticar o outro lado da trincheira:— Todo esse ódio foi criado justamente pelos petistas com seus métodos sujos. O Twitter era outro ambiente completamente diferente. É impossível ter tolerância com alguém que não respeita as regras de convivência. Ou você ignora essa gente ou parte para a ignorância. Não existe a via da lógica. E eles sabem disso. Sabem que a educação, tanto a formal como a de costumes, nos impede de sermos brutamontes ignorantes como o pessoal da CUT, do MST…

Confira o que pensam Tico Santa Cruz e Roger Moreira:

Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor, a favor do impeachment

Desde quando você decidiu por se posicionar politicamente de forma pública, principalmente nas redes sociais, e que reflexos sentiu após esse posicionamento?

ROGER: Desde o começo de minha carreira, desde que comecei a compor, por volta de 1982. Nas redes públicas, foi depois de começar a ser atacado pela patrulha virtual do PT, uma novidade para mim. Estava eu criticando o governo quando comecei a receber esses ataques inesperados e incompreensíveis até então: “como assim, essas pessoas estão defendendo o governo?”. Comecei a me inteirar do assunto e saber mais sobre o comunismo, sobre os métodos dessa ideologia e, especificamente, dos MAVs e de toda a nojeira que é o PT. Decidi, assim como já fizera na década de 80, que eu tinha a obrigação moral de me posicionar a favor do Brasil, no qual me incluo: o Brasil dos honestos, dos verdadeiros trabalhadores, dos que sabem que o Brasil tem potencial para crescer e que o caminho não é o do populismo vil, que usa os pobres para se locupletar no poder.

Senti que fiz certo, já que meu posicionamento ajudou um monte de gente a quebrar a espiral do silêncio e começar a se posicionar também contra o PT. Sofri sim muito ataque, mas de pessoas que não valem nada e nunca me fizeram falta, nem como público nem como amigos.

Já sofreu algum tipo de agressão verbal ou algo além e como lida com isso?

ROGER: Aprendi a lidar. Fui educado a “não levar desaforo pra casa” e no começo discuti muito. Por idealismo e por ingenuidade. Logo aprendi que não adianta argumentar com ideólogos. Eles têm um método e a lógica nada significa. Esse método inclui falácias como a do espantalho, ad hominem e muitas outras. “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”. Uma gente baixa e sem escrúpulos.

Costuma entrar nessas discussões via internet ou tem evitado?

ROGER: Agora tenho evitado. Bloqueio. A maioria também já está na posição de cachorro morto. Andam calados.

Acredita que ainda há espaço para tolerância, apesar da polarização que vivemos?

ROGER: Éramos todos tolerantes. Eu, particularmente, sempre debati usando de argumentos. Isso tem que ser ensinado. Não existe aula de debate na escola embora isso exista e seja uma matéria nos EUA, por exemplo. Todo esse ódio foi criado justamente pelos petistas com seus métodos sujos. O Twitter era outro ambiente completamente diferente. É impossível ter tolerância com alguém que não respeita as regras de convivência. Ou você ignora essa gente ou parte pra ignorância. Não existe a via da lógica. E eles sabem disso. Sabem que a educação, tanto a formal como a de costumes, nos impede de sermos brutamontes ignorantes como o pessoa da CUT, do MST, etc., etc.. Por isso nos acabrunhamos por um tempo, até nos darmos conta disso. Eu acredito que o modo civilizado é o melhor para todos. Educação traz liberdade. É isso que eu prego. E não se trata de meu time ganhar. Minha situação é confortável. Eu sobrevivo de qualquer maneira. Mas acredito que pode ser muito melhor para todos se todos tiverem as condições que eu tive.

Source: Nas redes sociais, guerra ou disputa de ideias? – Jornal O Globo

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