“A maneira como a gente falava, tanto de amor quanto do dia a dia na cidade, foi modificando como as pessoas viam as coisas. Tanto nas letras mais românticas do Cazuza, como nas existenciais do Renato [Russo] ou com o humor do Roger [Moreira], o enfrentamento mais agressivo dos Titãs e as letras bonitas do Herbert [Vianna]… A gente tinha um discurso que acabava sendo político, mas era muito baseado no que a gente sentia: queríamos liberdade, viver sem tanta preocupação, sem tanto medo da repressão da ditadura militar.”
Nota: Quando um jornalista diz “roqueiros conservadores” sei que estão falando de mim, entre outros. Mas rejeito o rótulo. Primeiro que nem acho que sejamos NÓS os conservadores, muito menos ELES os progressistas. Sou guiado apenas pela lógica. Pelo que funciona e pelo que não funciona. Assim como Frejat, também sou “a favor de descriminalização das drogas e do aborto, por exemplo.” Mas acho o comunismo um atraso de vida, uma filosofia que reúne gente rancorosa, tacanha, que acha que todo mundo tem que ser igual e, pior, nivelando por baixo. Esqueçam, ninguém quer ser igual. Não somos formigas. Isso não existe. Por outro lado, um pedreiro no Canadá, brasileiro, mora bem, tem um carro bacana e sustenta sua família com facilidade. É simples assim. É só lógica.